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Feras

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style="width: 100%;" data-filename="retriever">O que trago hoje é um manifesto franco de fé no Brasil e no brasileiro.

Penso, sinceramente, que se algum país e nação pode sair bem, ou menos mal, de toda esta, crise para alguns, celeuma para outros, pandemia para os primeiros, quebradeira para os segundos mas, drama objetivo para todos, estes, certamente são o Brasil e seu povo.

E não o faço por raso patriotismo, tampouco por devaneio otimista, que possam semear em mim deslumbres infundados para com nossa terra e nossos compatriotas.

Ora, meu senhor, minha senhora, se a doença que ameaça e acomete gentes e países do sei eu lá quantos cantos existentes no mundo é realidade inegável, tanto quanto as sucumbências vindouras certas, em todos os aspectos da existência, pode-se afirmar que a incolumidade absoluta não socorrerá a ninguém no planeta.

E assim sendo, sobre o nosso quinhão de infelicidades resultante de tudo isto que está aí, que não será pequeno (pelo contrário), ouso afirmar: podemos nos sair melhor do que quaisquer outros povos. Digo mais: podemos lhes servir de paradigma, exemplo, modelo, dadas as nossas peculiaridades históricas e aprimoramento.

Afinal, quem neste mundo tem a capacidade invulgar de cotidiana e historicamente sobreviver sob o rebenque da morte de muitos, da miséria de inúmeros, das faltas materiais e das ausências governamentais e estatais? Muitos até, eu sei... Mas ninguém com o nosso talento, conhecimento de causa, apuro técnico, a ponto de tornar o que é mar de lama para os outros, apenas um cisco para os daqui.

E por uma razão muito simples, logo o fato de estarmos acostumados com o que é intolerável aos demais. Ruim, péssimo, é claro. Não reputo bom ou bem de que se deva ou se possa vangloriar.

Mas constatável simploriamente, sem necessidade de exame mais pormenorizado para detecção de tanto.Mire o trânsito, tráfico, a educação, a saúde, a miséria, a falência, o desemprego, e por aí vai, e veja o quanto estamos secularmente tarimbados para lidar, sem superar, as desgraças coletivas que já nem nos sensibilizam para além das opiniões, sugestões e comentários (sobressaltados e ressaltados pela internet).

Ainda, a admirável catega nacional para transcender a tudo e a tanto munidos tão somente de gracejos, carnaval, futebol, novela, sucesso musical do momento e, novamente, por aí vai, a demonstrar a fortidão de ânimo inigualável que portamos. A ardência é certa, como também, já conhecida.

Se há justiça no mundo, os nossos talentos hão de ser reconhecidos e valorizados, para o bem geral dos que, mundo afora, não estão acostumados a enfrentar o que nós, desde sempre, temos por comum em nossas vidas. Em dificuldades, carências e tragédias diuturnas, com licença, mas somos doutores. O mundo que nos preste atenção e aprenda conosco.

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